Glossário BDSM

Este glossário lista mais de 150 termos associados à cultura BDSM. É o glossário mais completo em português sobre o tema na internet. BDSM é um conjunto de práticas consensuais que abrangem atividades relacionados à bondage/disciplina (B/D), dominação/submissão (D/s) e sadomasoquismo (S/M).

O glossário abaixo está dividido em práticas (nomes específicos para determinadas atividades BDSM), papéis (nomes atribuídos à diferentes papéis dentro do BDSM) e termos gerais.


Práticas

Quando alguma dessas práticas abaixo é realizada, ela é inteiramente realizada sob o consentimento de todas as pessoas envolvidas e na intensidade desejada pelas pessoas envolvidas.

Esse glossário contém um resumo rápido para cada prática. Se deseja ler um conteúdo mais detalhado do assunto, basta clicar no nome da prática. Por enquanto não são todas as práticas que possuem uma página mais detalhada, este tipo de conteúdo estará sendo adicionado aos pouco ao longo das próximas semanas.

Nem todas as práticas listadas abaixo são exclusivamente associadas ao BDSM. Algumas das atividades mencionadas aqui podem ser praticadas sem necessariamente conter elementos BDSM.

Abduction play: prática BDSM em que é simulada uma situação de sequestro.

Abrasion play: prática em que é utilizado algo áspero para estimular ou sensibilizar a pele de alguém. Escovas, lixas ou esponjas são exemplos de objetos que podem ser utilizados.

Adult baby/diaper lover (ou ABDL): qualquer prática onde pelo menos um dos envolvidos interpreta um bebê ou utiliza uma fralda como vestimenta.

Ageplay: qualquer prática em que pelo menos uma das pessoas envolvidas está interpretando uma idade diferente da idade real dela.

Anal torture: qualquer prática onde há algum nível de tortura consensual no ânus.

Animal play: ver Pet play.

Ass worship: um subgênero do body worship focado em venerar as nádegas e/ou o ânus de alguém.

Bagging: um subgênero do breath play onde é utilizado plástico ou látex para interromper a respiração de alguém.

Banding: uma extensão do cock and ball torture e do castration play onde é aplicado um elástico apertado no saco escrotal. Esse elástico muitas vezes é aplicado através de um elastrador.

Ballbusting: um subgênero do cock and ball torture onde é realizada a aplicação de qualquer golpe de impacto ou compressão nos testículos, como dar um chute, um tapa ou apertar com as mãos. Na cultura japonesa essa prática é conhecida como tamakeri.

Bastinado: aplicação de punições nas solas dos pés. Varas (prática conhecida como caning) e chibatas (prática conhecida como cropping) são os objetos mais comuns no bastinado.

Bladder desperation (ou Bladder control): ver Omorashi.

Blood play: qualquer atividade erótica ou sexual que envolve sangue. Isso pode incorporar knife play, needle play, spanking, mordidas ou formas que não envolvem ferimentos na pele, como sangue de menstruação e sangue falso.

Body worship: o ato de venerar uma parte do corpo de alguém ou o corpo de alguém como um todo.

Boot worship: o ato de venerar as botas de alguém.

Bootblacking: o ato de cuidar, limpar ou polir as botas de alguém.

Branding: prática de modificação corporal onde um ferro quente é encostado na pele com a finalidade de produzir alguma marca permanente.

Breath play (ou Breath control): prática onde é utilizada a asfixia para fins de excitação, como através de enforcamento com as mãos, por exemplo.

Breast torture (ou Tit torture): qualquer prática onde há algum nível de tortura consensual nos seios.

Breast worship: um subgênero do body worship focado em venerar os seios de alguém.

Caging: o ato de confinar alguém numa gaiola.

Caning: qualquer forma de impacto através de objetos rígidos e compridos como varas ou bengalas.

Castidade: ver Orgasm denial

Castration play: uma vertente do cock and ball torture onde há uma ameaça ou simulação da castração durante determinada prática.

Clothed female naked male (ou CFNM): qualquer situação erótica ou sexual onde há a interação de uma ou mais mulheres vestidas com um ou mais homens nus. Geralmente a pessoa nua é objetificada e humilhada nesse contexto.

Chemical play: aplicação de substâncias, geralmente em estado líquido, que visam causar sensações formigantes, quentes, geladas, ardentes ou outras sensações táteis para fins sexuais. Pomadas, géis, loções, molho de pimenta e limão são algumas das substâncias que podem ser utilizadas.

Choking play: subgênero do breath play onde é realizada uma asfixia através de alguma forma de estrangulamento, como enforcar alguém com uma das mãos, por exemplo.

Chuva dourada: prática sexual onde uma pessoa urina em outra.

Chuva marrom: qualquer prática sexual envolvendo fezes. Os praticantes podem sentir atração através do cheiro, visão, toque ou sabor das fezes.

Cock and ball torture (ou CBT): qualquer prática onde há algum nível de tortura consensual no pênis e/ou nos testículos.

Cock milking: vertente do Forced orgasm onde há a extração involuntária do esperma de um submisso.

Cock worship: um subgênero do body worship focado em venerar o pênis de alguém.

Cropping: qualquer forma de impacto através de chibatas.

Cuckold e Cuckquean: práticas onde é realizado consensualmente um adultério. Geralmente uma pessoa assiste sua parceira ou parceiro tendo relações sexuais com outro indivíduo. Cuckold é quando a pessoa traída é do sexo masculino, cuckquean é quando a pessoa traída é do sexo feminino.

Edging: prática onde uma pessoa é estimulada sexualmente até quase ter um orgasmo. Geralmente esse processo é repetido múltiplas vezes.

Erotic e-stim (ou Electrosex): atividades envolvendo a aplicação de impulsos elétricos no corpo para fins de estimulação sexual.

Exibicionismo: desejo em expor as partes íntimas ou de realizar atos sexuais em áreas públicas ou na frente de outras pessoas.

Facesitting: prática onde uma pessoa senta no rosto de outra.

Fear play: qualquer atividade que utiliza o sentimento de medo para criar excitação sexual.

Femdom: qualquer prática BDSM onde a pessoa dominante é do sexo feminino.

Feminização: prática onde a pessoa dominante faz um parceiro submisso homem assumir um papel feminizado, seja através de vestimentas, de comportamentos ou ambos.

Figging: atividade onde um pedaço de gengibre descascado, geralmente esculpido na forma de um plug anal, é inserido no ânus ou menos comumente, na vagina.

Findom: prática onde um indivíduo dá dinheiro ou presentes à uma pessoa dominante num contexto de submissão e/ou humilhação.

Fire cupping: uma forma de temperature play onde é utilizada uma técnica de medicina oriental conhecida como ventosaterapia no qual é feita uma sucção na pele através de ventosas.

Fire play: subgênero do temperature play onde são utilizadas chamas próximas ou diretamente na própria pele.

Fisting: uma técnica sexual que consiste na penetração total da mão na vagina ou no ânus.

Flogging: qualquer forma de impacto através de chicotes de múltiplas tiras, também conhecidos como açoites.

Food play: a utilização de algum alimento para fins eróticos ou sexuais.

Foot worship: um subgênero do body worship focado em venerar o pé de alguém. Práticas podólatras em geral podem ou não ter foot worship envolvido.

Forced orgasm: prática onde uma pessoa consente em ser forçada a atingir o orgasmo, apesar de suas tentativas de evitar ou adiar.

Fornifilia: prática onde uma pessoa se comporta como uma peça de mobiliário, como uma mesa ou uma cadeira.

Gender play: qualquer prática em que pelo menos uma das pessoas envolvidas está interpretando um gênero diferente do gênero real dela. Feminização é a forma mais comum de gender play.

Genitorture: qualquer prática onde há algum nível de tortura consensual nos órgãos genitais.

Goddess worship: extensão do body worship utilizado para descrever o ato de venerar a dominadora como um todo e não apenas uma única parte do corpo como ocorre em outras vertentes do body worship.

Golden shower: ver Chuva dourada.

GTS: ver Macrofilia.

Gunplay: qualquer prática em que há a utilização de armas de fogo, sejam elas reais ou não. As armas estão geralmente descarregadas durante a prática e na maioria das vezes são utilizadas em encenações em geral ou para fazer penetração.

Human furniture: ver Fornifilia.

Humiliation play: qualquer prática onde há algum nível de humilhação ou degradação consensual.

Ice play: subgênero do temperature play em que há a utilização de gelo em alguma atividade BDSM.

Impact play: prática onde uma pessoa é atingida fisicamente por outra para a excitação sexual ou gratificação dos envolvidos.

Interrogation play: prática BDSM em que é simulada uma cena de interrogação.

Kinbaku: estilo japonês de bondage que consiste em criar visuais artísticos e elaborados ao amarrar o corpo de alguém. Shibari é a palavra mais comumente usada no mundo ocidental para descrever práticas kinbaku.

Kitty play: subgênero do pet play onde pelo menos uma das pessoas envolvidas está interpretando um gato.

Knife play: qualquer atividade em que há o uso de algum objeto cortante, como facas, por exemplo.

Knismolagnia: ver Tickling.

Macrofilia: fascinação sexual envolvendo gigantes. Os adeptos dessa prática são em sua maioria homens interessados em fantasias onde são dominados por mulheres maiores que ele. É comumente referido como GTS, abreviação de Giantess, que em português significa giganta.

Maid training: atividade onde um submisso realiza tarefas domésticas como forma de servidão à uma pessoa dominante.

Maledom: qualquer prática BDSM onde a pessoa dominante é do sexo masculino.

Medical play: qualquer prática em que pelo menos uma das pessoas envolvidas está interpretando um papel de profissional da medicina. Na maioria dos casos a pessoa dominante interpreta o papel de médico enquanto o submisso interpreta o papel de paciente.

Metal bondage (ou Steel bondage): qualquer prática bondage em que são utilizados objetos metálicos, como algemas, grilhões e correntes.

Mobília humana: ver Fornifilia.

Mummification: prática de bondage na qual a pessoa tem o corpo todo imobilizado. Filme plástico, fita adesiva e ataduras são alguns dos materiais mais comuns que podem ser utilizados nessa prática.

Muscle worship: um subgênero do body worship focado em venerar os músculos de alguém.

Needle play: prática em que é utilizado algo perfurante, geralmente agulhas hipodérmicas ou agulhas de acupuntura.

Nettle play: atividades envolvendo a aplicação de uma planta chamada urtiga como forma de estimulação ou castigo. O contato com essa planta pode causar formigamento ou ardência constante que pode durar por horas.

Nipple torture: qualquer prática onde há algum nível de tortura consensual nos mamilos.

Nose torture: prática de origem japonesa em que um gancho, chamado nosehook, é aplicado nas narinas e puxa o nariz para trás.

Odaxelagnia: nome dado para o desejo sexual em morder ou ser mordido.

Omorashi: prática de origem japonesa em que um indivíduo obtém satisfação sexual ao estar com a bexiga cheia ou ao urinar nas próprias calças, ou ao observar alguém nessa situação.

Orgasm denial: qualquer prática onde um indivíduo não pode ter orgasmo sem permissão da pessoa que está no comando. Isso pode ou não envolver o uso de cintos de castidade.

Over the knee (ou OTK): posição de spanking onde uma pessoa deita no colo de outra e recebe castigo nas nádegas, geralmente palmadas.

Paddling: qualquer forma de impacto através de palmatórias.

Pegging: atividade sexual onde uma mulher veste uma cinta peniana, também conhecida como strap-on dildo, e realiza penetração anal num homem.

Pet play: qualquer prática em que pelo menos uma das pessoas envolvidas está interpretando um animal.

Piggy play: subgênero do pet play onde pelo menos uma das pessoas envolvidas está interpretando um suíno.

Play piercing: ver Needle play.

Podolatria: nome dado para descrever a atração sexual por pés.

Pony play: subgênero do pet play onde pelo menos uma das pessoas envolvidas está interpretando um equino, como pônei ou cavalo.

Primal play: é o ato de descartar as normas sociais e agir de acordo com um instinto primitivo natural. Em alguns casos, pode haver a interação de uma pessoa predadora com sua presa. Lutas e atitudes animalescas como rosnar, morder e arranhar também podem ser elementos comuns nessa prática.

Privação sensorial: limitação ou total privação de um dos sentidos. Vendar os olhos é a forma mais comum de privação sensorial.

Pussy torture: qualquer prática onde há algum nível de tortura consensual na vulva.

Pussy worship: um subgênero do body worship focado em venerar a vulva de alguém.

Puppy play: subgênero do pet play onde pelo menos uma das pessoas envolvidas está interpretando um cachorro.

Queening: ver Facesitting.

Rape play: encenar que está sendo forçado a realizar algum ato sexual.

Rope bondage: qualquer prática bondage em que são utilizadas cordas para realizar a restrição física de alguém.

Ruined orgasm: termo comumente utilizado em práticas de tease and denial para descrever um orgasmo menos intenso e satisfatório que geralmente ocorre quando o orgasmo é atingido após ser interrompida a estimulação sexual do submisso.

Scat: ver Chuva marrom.

Scent play: o ato de cheirar algo que emita odor, como axilas, ânus, genitais, meias, etc.

Sensation play: conjunto de práticas, geralmente aplicadas de forma suave, que envolvem causar uma estimulação física ao parceiro. Toques leves com a mão, utilização de materiais como penas ou gelos e privação sensorial através de vendas são algumas das formas mais comuns de sensation play.

Slave training: processo onde uma pessoa dominante ensina um submisso como serví-la.

Shibari: ver Kinbaku.

Shoe worship: variação do boot worship para descrever o ato de venerar um calçado em geral, como um sapato de salto-alto.

Sissy maid training: atividades onde um homem desempenha um papel feminizado de empregada doméstica e serve uma pessoa dominante, geralmente mulher.

Sissy training: processo onde um submisso homem é ensinado a adotar comportamentos femininos.

Small penis humiliation (ou SPH): prática que visa menosprezar e/ou humilhar verbalmente o tamanho do pênis de um submisso.

Smothering: extensão do breath play onde uma pessoa obstrui as vias respiratórias de outra ao cobrir o rosto dela com uma parte do corpo ou com um objeto, como um travesseiro. A forma mais comum é smothering é quando uma pessoa senta no rosto de outra no facesitting.

Sounding: ver Urethral play.

Spanking: termo geralmente atribuído para o ato de dar uma palmada nas nádegas de alguém ou bater com algum objeto, como palmatória, nas nádegas de alguém. Para alguns praticantes, spanking refere-se apenas ao ato de dar palmadas, enquanto impact play refere-se ao uso de objetos. Para outros, spanking e impact play são sinônimos.

Spitting: prática onde uma pessoa dominante cospe no submisso. É geralmente usada como uma forma de humilhação erótica.

Supremacia feminina: vertente do femdom cuja ideologia é tratar a mulher como um ser superior ao homem e/ou idealizar um mundo comandado por mulheres.

Suspension bondage: tipo de bondage onde uma pessoa é pendurada, de forma total ou parcial, por cordas, cabos ou correntes.

Suture play: extensão do needle play e do medical play que visa realizar algum tipo de sutura/costura temporária no corpo, popularmente conhecido como pontos cirúrgicos.

Tamakeri: ver Ballbusting.

Tease and denial (ou T&D): subgênero do orgasm denial onde um submisso é estimulado sexualmente, mas a estimulação é interrompida antes dele atingir o orgasmo.

Temperature play: qualquer prática que visa despertar os neuroreceptores de calor ou frio do corpo para criar estimulação sexual.

Tickling: prática que envolve a aplicação de cócegas com a finalidade de buscar a excitação sexual ou satisfação das pessoas envolvidas.

Total denial: subgênero do orgasm denial onde é totalmente proibida haver qualquer estimulação nos genitais do submisso. Isso geralmente envolve o uso de cintos de castidade.

Trampling: prática onde uma pessoa pisa em cima da outra ou anda em cima do corpo da outra.

Uniform play: práticas onde a vestimenta de algum uniforme possui papel significante na encenação. Isso pode envolver uma ampla variedade de estilos diferentes que variam de acordo com o interesse das pessoas envolvidas, como uniforme de policial, bombeiro, estudante, enfermeiro, líder de torcida, entre outros.

Urethral play: prática onde há a inserção de algum objeto na uretra. Na maioria das vezes é feito numa pessoa do sexo masculino e geralmente são utilizados objetos especificamente voltados para inserção uretral.

Voyeurismo: nome dado para descrever o desejo em ver outras pessoas realizando atividades de conteúdo sexual ou erótico.

Watersports: ver Chuva dourada.

Wax play: prática na qual uma pessoa derrama cera de vela derretida no corpo de outra.

Whipping: qualquer forma de impacto através de chicotes de tira simples.

Wrestling erótico (ou BDSM wrestling): wrestling é um estilo de luta que em algumas situações é utilizado em contextos eróticos ou fetichistas em geral. Na maioria dos casos uma pessoa assume o papel de submisso e perde propositalmente a luta para uma pessoa dominante.


Papéis

Nomenclaturas muito específicas de determinada prática, como por exemplo “cuckcake” no cuckold, “ballbuster” no ballbusting e “sissy” na feminização, são mencionadas na própria página da prática da qual essa nomenclatura está associada. Aqui estão listadas nomenclaturas mais gerais do BDSM.

Bottom: pessoa que está recebendo a ação durante uma prática, como receber uma chicotada ou ser amarrado.

Brat: submisso que gosta de desafiar, provocar ou desobedecer propositalmente a pessoa dominante com a intenção de ser castigado e disciplinado.

Brat tamer: pessoa dominante que gosta de se relacionar com brat.

Dom/Domme: pessoa dominante. É quem possui a autoridade durante uma prática ou relacionamento BDSM. Domme é utilizado para mulheres dominantes, Dom é um termo que pode ser utilizado para qualquer gênero.

Dominatrix: mulher dominante em práticas BDSM. Na maioria das vezes é um termo utilizado para descrever dominadoras que fornecem serviço profissional de dominação.

Lifestyle dominatrix: termo ocasionalmente utilizado para descrever dominadoras que não fornecem serviço profissional de dominação e só praticam BDSM em suas vidas privadas.

Master/Mistress: mestre ou mestra num relacionamento M/s. Owner, dono e dona também são usados como sinônimos de master e mistress. Qualquer uma dessas nomenclaturas também são comumente utilizadas em encenações BDSM fora do contexto M/s.

Slave: escravo ou escrava num relacionamento M/s. Property, propriedade e servo também são usados como sinônimos de slave. Qualquer uma dessas nomenclaturas também são comumente utilizadas em encenações BDSM fora do contexto M/s.

Soft dom/domme: termo subjetivo para descrever pessoas dominantes que gostam apenas de praticar BDSM num nível leve. Pessoas que se consideram soft dom/domme geralmente não gostam de práticas envolvendo dores fortes ou humilhação/degradação.

Sub: pessoa submissa. É quem entrega poder à outra pessoa numa prática ou relacionamento BDSM.

Switch: pessoa que gosta de exercer tanto o papel top quanto o papel bottom e/ou tanto o papel dominante quanto o papel submisso.

Top: pessoa que está aplicando a ação durante uma prática, como dar uma chicotada ou amarrar alguém.


Termos Gerais

24/7: um relacionamento D/s que funciona 24 horas por dia, 7 dias por semana. O 24/7 serve para referir-se aos relacionamentos que incorporam elementos BDSM diariamente na vida cotidiana, já que muitos relacionamentos incorporam elementos BDSM somente durante as cenas ou em algumas situações especiais.

Aftercare: o pós-cuidado realizado quando alguma prática é encerrada. Verificar e garantir uma boa saúde física e estabilidade emocional dos praticantes após determinada prática.

Absolute Power Exchange (APE): ver Total Power Exchange (TPE).

Baunilha: pessoa sem interesses em BDSM ou fetichismo em geral. Pessoa que geralmente se interessa apenas pelo sexo convencional.

Dom drop: ver Sub drop.

Dom frenzy: ver Sub frenzy.

Cena: é uma atividade BDSM, é a prática em si sendo realizada. Sessão possui o mesmo significado que cena dentro do BDSM, mas é uma palavra mais frequentemente utilizada em contextos profissionais, como por exemplo uma sessão com uma dominatrix.

CNC: abreviação de Consensual Non-Consent, que em português significa Não-Consentimento Consensual. É qualquer prática consensual onde os praticantes estão simulando que algo está sendo realizado sem consentimento.

Contrato: documento baseado num acordo entre a pessoa dominante e o submisso para definir as expectativas e regras de um relacionamento BDSM. Limites, palavras de segurança, interesses, punições e regras em geral são algumas das coisas que podem ser discutidas num contrato. O contrato pode variar de poucos parágrafos à dezenas de páginas de acordo com a vontade das pessoas envolvidas e tudo que está no contrato pode ser rediscutido a qualquer momento.

D-type: papéis que estão no espectro dominante do BDSM, como dom, domme, master, mistress, dono, dona, daddy, mommy, etc.

CGL: abreviação de Caregiver/little, que em português significa cuidador/pequeno. É um tipo de relação onde uma pessoa dominante assume um papel mais protetor e acolhedor, muitas vezes sendo mais permissiva com seu submisso, como um pai ou mãe é com um filho. DD/lg (Daddy Dom/little girl) e MD/lb (Mommy Dom/little boy) são alguns dos inúmeros exemplos de relações CGL.

Dungeon: também chamado de masmorra ou calabouço, é um espaço interno especificamente desenvolvido para práticas BDSM. Geralmente é um cômodo com diversos equipamentos e acessórios BDSM.

Edgeplay: termo subjetivo para descrever práticas de alto risco. Cada indivíduo tem sua própria definição do que é perigoso ou não no sentido físico ou psicológico, portanto, cada pessoa tem sua própria interpretação do que é uma prática edgeplay.

Leather: comunidade majoritariamente gay que adota práticas e estilo de vida voltados ao uso de roupas e acessórios de couro. Essa comunidade surgiu após a Segunda Guerra Mundial e foi uma das precursoras do BDSM.

Hard limit: são os limites inegociáveis. São coisas que a pessoa jamais faria sob nenhuma circunstância.

Kink: termo da língua inglesa para se referir à qualquer prática ou fantasia sexual não-convencional. É um termo coloquial para comportamentos sexuais que fogem do padrão imposto pela sociedade. É comumente utilizado para substituir as palavras fetiche e parafilia.

M/s: abreviação de Master/slave ou Mistress/slave. É uma variação de um relacionamento D/s mais intenso onde o “mestre” é considerado dono de seu “escravo”. Alguns utilizam M/s como um sinônimo de TPE, mas o que define se uma relação é ou não M/s são as próprias pessoas envolvidas, portanto, o conceito de “dono” e “propriedade” dentro do M/s é subjetivo e pode variar de pessoa para pessoa. O/p (Owner/property) é outro termo para descrever uma situação semelhante ao M/s.

Munch: encontro de um grupo de pessoas BDSM num ambiente baunilha, como um restaurante.

Negociação: dentro do contexto BDSM, é a comunicação antes da cena ou durante a formação de um relacionamento na qual ambas as partes chegam a um acordo sobre os objetivos, expectativas e limites uma da outra. Pode ser desde uma conversa rápida de poucos minutos até um documento escrito formalmente. A negociação também pode ser feita no decorrer de qualquer prática ou relacionamento para rediscutir algo. A negociação visa garantir que não haja má interpretação e que os praticantes não façam algo que o outro não queira.

O/p: ver M/s.

Partial Power Exchange (PPE): ver Total Power Exchange (TPE).

Power exchange: termo para se referir ao jogo de troca de poder entre os praticantes. É quando um submisso concede algum poder à pessoa dominante. A intensidade e a duração dessa entrega de poder varia de acordo com a vontade dos envolvidos, podendo ocorrer apenas durante determinada prática ou até mesmo durar 24 horas por dia sem data prevista para terminar.

PRICK: abreviação de Personal Responsibility Informed Consensual Kink, que em português significa Fantasia com Consentimento Informado e Responsabilidade Pessoal. É uma variação do RACK que visa enfatizar que você compreende os riscos e assume responsabilidade sobre o que pode vir a acontecer.

RACK: abreviação de Risk-Aware Consensual Kink, que em português significa Ciente dos Riscos em Fantasias Consensuais. É uma variação do SSC que visa enfatizar que nenhuma prática é livre de riscos e que todos devem compreender quais são os riscos envolvidos para evitá-los durante determinada prática.

Roleplay: incorporar um personagem durante uma cena.

S-type: papéis que estão no espectro submisso do BDSM, como sub, slave, servo, pet, sissy, etc.

Safe word: são palavras de segurança para alguma pessoa indicar que quer diminuir ou parar determinada prática. Esses códigos são definidos antes de iniciar a prática. Palavras como “não” e “pare” podem fazer parte de uma encenação, então palavras de segurança são geralmente palavras que não seriam ditas num contexto BDSM. Verde, amarelo e vermelho são as palavras de segurança mais comuns para indicar “continue”, “diminua” e “pare”.

Sessão: ver Cena.

Soft limit: são os limites negociáveis. É um limite flexível que a pessoa pode ou não aceitar dependendo do momento ou circunstância.

SSC: abreviação de Safe, Sane and Consensual, que em português é traduzido como São, Seguro e Consensual. É o princípio ético por trás do BDSM que diz que todas as práticas devem prezar pela segurança dos envolvidos, todos os praticantes devem estar num estado de sanidade boa o suficiente para compreender o que está sendo executado e todos devem consentir com tudo está sendo realizado.

Sub drop: situação em que ocorre qualquer sentimento negativo após o fim de uma prática, como depressão, ansiedade, tristeza, culpa ou desamparo. Aftercare é importante para evitar ou amenizar esse tipo de situação. Dom drop é mais raro e é quando esse fenômeno atinge uma pessoa dominante.

Sub frenzy: desejo exagerado de querer experimentar várias atividades BDSM diferentes o mais rápido possível, podendo levar a pessoa a perder o bom-senso e a fazer escolhas não-seguras. É um fenômeno que geralmente acontece com submissos novatos que acabaram de conhecer o mundo BDSM. Dom frenzy é mais raro e é quando esse fenômeno acontece com uma pessoa dominante.

Subspace: um estado mental alterado que pode ser alcançado por um submisso durante uma prática BDSM consensual que faz com que ele perca a noção do tempo, espaço ou até dos limites do próprio corpo. É importante que a pessoa dominante esteja sempre atenta ao estado do submisso para entender quando diminuir ou parar uma prática.

Topping from the bottom (TFTB): termo negativo para descrever quando o submisso ou o bottom tenta manipular a situação e direcioná-la para algo que não foi combinado durante a negociação.

Total Power Exchange (TPE): é a entrega absoluta de poder que um submisso cede ao dominador. Aqui a pessoa dominante geralmente tem autoridade para decidir o que o submisso deve vestir, comer, quando comer, quando dormir, onde dormir, entre outras coisas combinadas pelas pessoas envolvidas. Às vezes é referido como Absolute Power Exchange (APE). Partial Power Exchange (PPE) é uma expressão utilizada por alguns para denominar uma versão menos intensa de TPE.

Vanilla: ver Baunilha

WIITWD: abreviação de What It Is That We Do, que em português significa O Que é Que Nós Fazemos. É utilizado para se referir a toda atividade sexual que foge do padrão imposto pela sociedade. Esse acrônimo foi inventado logo após o surgimento da sigla BDSM, pois não são todos os fetichistas que se identificam com elementos de B/D, D/s ou S/M. Porém, o termo caiu em desuso por ser muito vago e amplo.

YKINMK: abreviação de Your Kink Is Not My Kink, que em português significa Sua Tara Não é Minha Tara. Essa expressão foi criada no início da década de 1990 para criar um ambiente de diversidade e sem constrangimentos e preconceitos, onde uma pessoa apenas demonstra que possui um gosto diferente da outra sem julgá-la. Your Kink Is OK (YKIOK) e Your Kink Is Not My Kink But That’s OK (YKINMKBTOK) são outras variações utilizadas para um contexto semelhante.

YKINOK: abreviação de Your Kink Is Not OK, que em português significa Sua Tara Não é OK. Apesar da comunidade BDSM buscar abraçar os desejos de todo indivíduo sem julgamentos, essa expressão foi criada para condenar práticas que não seguem a linha ética do SSC e do RACK ou práticas criminosas como pedofilia.

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